Friday, December 29, 2006

I have nothing to say…
Keep dreaming about a day:
A day of my past
Not the least, nor the last.
If it’s a dream or a nightmare
I don’t know, neither I care.
Something has changed then,
In the exact moment when
The moon shown its face,
The sun left its place,
The Earth stopped spinning
And nothing had a meaning.
I didn’t know that it would
Be as strange as it could…
That is all I remember
And to it I surrender.
It was late in the evening
And I saw you were leaving
Straight away, outta here
Very fast… the path was clear.
It couldn’t be real
I didn’t know what to feel
Happiness… despair…
I didn’t want to be there.
How could all of those tears
Be cried after such years
Of being together
In all types of weather?
There were several questions:
All of you, no exception
Couldn’t tell any reason
For such change in a season.
Sometimes, I still cry
Although you told me why.
Now you advise me to get up
And smile. Well… I’ll try.

Marie Curie, 29Novembro2006
"The Day You Left"

Sunday, December 24, 2006

Divagação ao pé da lareira

Olá, pessoal que lê blogs! Em nome do blog queria desejar-vos Boas Festas, uma meia-noite porreirinha e que recebam tudo o que pediram ao Pai Natal! Pela minha parte não tenho tido muita disponibilidade para escrever. Temas tenho muitos. A todos aqueles que imaginam que é difícil serem publicados aqui, atrevam-se! A nossa caixa de mails está mais vazia do que pensam. Se quiserem podem encarar isso como se nos estivessem a dar uma prenda de Natal? Que tal, hein? Acho que já merecemos. he he.

Um abraço,
Raistlin

Tuesday, December 12, 2006

Ultimamente, tenho tido um sonho bastante inquietante. Estou sozinha numa estação de comboios, parada na plataforma. Um comboio chega e sai alguem que eu conheço, olha para mim, fala-me algo mas eu não consigo ouvir, quase como se fosse surda, mas ainda assim consigo ouvir todos os outros sons. Dois minutos depois chega outro comboio, esse alguém entra e vai-se embora. Isto repete-se várias vezes, variando as pessoas que saem e entram. Umas vezes grupos, outras vezes pares e também sozinhas, abrem-me a boca como se tivessem a tentar alcançar-me, mas eu sou surda às suas vozes.

São pessoas que me foram muito queridas. Umas já morreram, outras com quem deixei de falar, outras que ainda estão presentes, e embora fale com elas não falo com elas de todo. É difícil de explicar, é quase como as vozes surdas das pessoas na plataforma.

Todas as pessoas partem. Nenhuma resta. O sol põe-se, deixam de passar os comboios. E eu fico só, na plataforma da estação. Com o pôr do sol, deixo-me cair no chão, as mãos sujas de sangue.

By Rei

Friday, December 08, 2006

8 da noite, num combóio suburbano
Olhares vagos, a maioria inexpressiva
Pessoas com ar enfadonho, olhando para um vazio que só elas próprias vêm
Uns velhos, outros novos, todos olham para o seu interior
Se levantam os olhos, logos os baixam..não olham uns para os outros
Ler, ouvir musica, comer, ou simplesmente fazer nada
Tristes, solitárias, cada qual no lugar mais isolado que na altura encontrou
Ninguém fala, ninguém sorri
Aguardam apenas a chegada do combóio ao seu destino..
6 da manhã, num autocarro de Lisboa
A história repete-se
Quase vazio, poucas pessoas
Apenas duas se falam, de resto..
Tudo isolado, tudo cansado
De um dia de trabalho que ainda está para vir..
Eis a vida urbana...

Miguel Pinheiro, 28Dezembro2005 e 02Janeiro2006
"Vida Urbana"

Wednesday, December 06, 2006

Quem és?

Já por várias vezes me deparei com esta pergunta e duvido que a maior parte das pessoas a consiga responder com honestidade. Assim que uma pessoa a consegue responder, normalmente para si própria, devia ser confrontada com uma outra: "O que quero ser?".

Sim...eu sei que não é a primeira vez que escrevo isto num blog. Sim...eu sei que isto não foi escrito na margem de um caderno nem às escondidas dentro de uma aula. Bla bla...I don't care. Se não quiserem ler vão a outro post ou a outro blog.

Deu-me vontade de escrever e resolvi tentar evitar alguns desgostos com este texto. Na verdade, apetece-me comunicar. Estou sozinho no quarto, sozinho na casa. Mais sozinho que ontem. Se virem a minha cara se calhar percebem o que quero dizer. A vida é irónica.

Bem...tenho uma lição de vida para dar!

Em primeiro lugar pensei bem no que são. Pensem se estão felizes. Têm a certeza? Infelizmente, se responderam sim possivelmente estão errados. Não estou a dizer que não são felizes, calma. Estou apenas a dizer que o ser humano é um descontente por natureza. É natural querer-se sempre mais. É raro viver-se como se queria.
Há alguma coisa que gostariam de fazer e não fazem porque acham que não é para vocês? Sabem que deviam experimentar? Nem digo "arriscar" porque nem tudo o que se quer fazer envolve crimes ou coisas proibidas no geral. Porque é que têm sempre de pensar isso? Dou-vos exemplos concretos de algumas coisas que já fiz por curiosidade:

-tiro com arco

-karate

-ver uma série que me tinham proibido ver quando era mais novo (senti-me um rebelde, foi excelente. Realmente mudou a minha vida e redefiniu-a. Nunca a teria percebido quando era mais novo.)

-ouvir música que pensava que não ia gostar, neste caso Genesis e, principalmente, Pink Floyd. (o que me terá feito pensar que não ia gostar? Já não interessa, gosto mesmo)

-ver um filme em polaco com legendas em francês. (é giro...)

-aprender programação para tentar fazer jogos por mim próprio (ora isto foi interessante)

Estes são exemplos. Sinto-me uma pessoa mais completa depois de ter feito isto e bastante mais. Não digo para sermos todos "Homens do Renascimento", mas é um modo de vida interessante que eu vou tendo e gosto de ter.


Pensem se não vale a pena ir mais longe.

Claro que vale. A vida está aqui para a aproveitarmos, para sermos felizes. Experimentem uma comida nova, tentem falar com alguém que fale uma língua que não percebem. Tentem exprimir o que pensam com um desenho. Rasguem-no e façam um que seja mais parecido. Rasguem-no de novo e digam a alguém que não querem saber se está parecido ou não.

Tenham projectos, sonhos, planos. Este país está a estagnar! Nem tudo o que fazem tem de ser remunerado monetariamente, nem tudo o que fazem tem de envolver àlcool, drogas, roupa nova ou televisão.

Já viram que com a globalização as culturas estão a perder o sentido e as pessoas estão a convergir para um único modelo de cultura global? Isto não faz sentido e acredito que é realmente prejudicial para tudo e todos. Já repararam que andam a ver programas americanos nos canais americanos e programas americanos nos canais portugueses?Já repararam que o nosso ideal de "mulher perfeita" é o americano e que os músicos de cá simplesmente decidiram cantar em inglês?

Sejam vocês próprios, pensem menos no que os outros acham de vocês. Sejam felizes.

Se formos todos iguais isto não tem piada nenhuma.


Manuel Correia, 6 de Dezembro de 2006

Monday, December 04, 2006

I now look around from the boat where i am standing
Behind me i see lights, the safety of shore
Ahead of me, darkness, dangers unknown
The emptyness of a horizon i know i will never reach
No matter how hard i try..
No matter how far i go..
But i keep on going, i fear no Death
Or whatever awaits in that place
Where the sky meets the sea!

Miguel Pinheiro, 20Nov2005
"Divagação Marítima"