Sunday, May 09, 2010

Como pode uma palavra perder todo o seu sentido se não for repetida por quem a ouve, de forma igual à que foi pronunciada?
Como pode um sonho dar tantas voltas em tão pouco tempo, até se tornar num turbilhão, num pesadelo de sentimentos e pensamentos?
Como pode alguém cair e ver o chão afastar-se de si enquanto voa desamparado?
Uma luz no horizonte que se afasta cada vez mais
A busca por algo que quando está à vista desaparece
Num instante perder o vento, perder o Norte, perder o rumo
Ficar à deriva numa tempestade que parece não acabar
Fará sentido?
Tal não sei
Se calhar até fará, para os que crêem no destino
Noutros casos, não sei
Mas aqui estou neste local
Perdido no meio de tantos
Navego já sem destino
Na esperança que se aparenta absurda
De a algum lado chegar

Mike Pine Tree, "Uma Divagação num mau momento"
04MAR10

1 Comments:

Blogger Unknown said...

Primaço...

Não sei o que se terá passado, mas não quero ver-te triste...

Como não posso ir ter contigo e conversar pessoalmente, aqui vai um poema que os nossos amigos "galegos" me deram a conhecer há uns tempos. Espero que te ajude a animar um pouco...


Invictus

Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll.
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.

William Ernest Henley

1:25 pm  

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