Será que estamos numa altura em que o passado nos parece mais atraente que o futuro?

Hoje o despertador tocou, desliguei-o e fechei os olhos. A minha ideia era só estar ali num intermédio entre o sono e o sonho durante cerca de cinco minutos. Quando os abri de novo, pronto para me levantar, vi que tinham passado duas horas e que tinha acabado de perder o último autocarro para as aulas...por cinco minutos.

Pensei em como a vida seria mais perfeita com um botão de reset, uma opção de quicksave para fazer um load quando as coisas não nos correm pelo melhor. Depois de deambular um pouco pela casa e decidir que adio o duche para logo à noite, deu-me vontade de jogar a alguma coisa. Nestes últimos tempos tenho sentido falta de RPGs mais sérios, complexos e compridos que os que têm saído nos últimos , vá lá...oito anos.

Depois de ponderar em algumas hipóteses decidi voltar ao amigável universo retro-futurista pós-apocalíptico de Fallout. Nunca cheguei a acabar nenhum dos jogos da série e se calhar, pouco a pouco, é desta. Pensando um pouco na história e nos conteúdos do início da ficção científica, o mundo previsto por eles para esta altura é muitíssimo mais interessante que o mundo de agora. O mundo precisa de um reset. Pode vir de diferentes formas. Em Fallout foi um holocausto nuclear. Fora umas mutações e outros efeitos causados pela radiação, o mundo ficou muito mais interessante e dinâmico. O mundo de agora mexe-se tão depressa que mais parece estar parado.

(Desculpem-me por mais um post um bocado aleatório, mais uma vez estou a escrever numa pausa entre trabalhos. É mais porque não o fazia há tempo demais e já me chatearam a cabeça por causa disso)